quinta-feira, 31 de janeiro de 2013



 “A mudança não é trabalho exclusivo de alguns homens, mas dos homens que a escolhem.”(Freire, 1979, p. 52)

Caros coordenadores, professores e bolsistas envolvidos com o Parfor, Pibid, Prodocência, Novos Talentos, LIFE, Obeduc e Projetos Especiais.
Este é um ano particularmente desafiador para todos nós, educadores. Entre outubro e novembro acontecerão as provas do SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica. As provas, de Português e Matemática, serão aplicadas a todos os alunos do 5º e 9º do Ensino Fundamental e aos do 3º ano do Ensino Médio. As pontuações do SAEB compõem o IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. (Conheça as matrizes curriculares do SAEB veja: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/saeb_matriz2.pdf )
O domínio da língua materna e da Matemática é a base para a compreensão das outras disciplinas, é necessário ao sucesso escolar, à vida profissional e à inserção plena, criativa e crítica na sociedade tecnologicamente avançada em que vivemos. Por isso, as duas disciplinas são avaliadas não só no SAEB, mas no PISA - Programme for International Student Assessment, (Para conhecer mais sobre o PISA, veja: http://portal.inep.gov.br/grupo-ibero-americano-do-pisa ).
As avaliações do PISA acontecem a cada três anos, para jovens de 15 anos, e abrangem três áreas do conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências. A cada edição do programa, há uma ênfase maior em cada uma dessas áreas. Em 2009 iniciou-se um novo ciclo e a ênfase recaiu sobre o domínio de Leitura; em 2012 a ênfase foi Matemática e em 2015, será em Ciências. (O INEP estuda incluir Ciências também no SAEB.)
Todos nós conhecemos os indicadores incrivelmente frágeis do IDEB. Mas ainda poucos conhecem experiências exitosas de Minas Gerais e de Sobral, no Ceará, que conseguiram, com determinação política, competência técnica e compromisso educacional, reverter indicadores, ultrapassando inclusive metas previstas para 2022. Várias escolas isoladamente, com a determinação cidadã e força pedagógica de seus diretores e professores, também alcançaram resultados equivalentes.
A ação dos gestores, dos professores e do corpo técnico-administrativo dessas escolas e redes lembra bem o que disse Paulo Freire em seu livro Educação e Mudança: “O fatalismo diante da realidade, característico da percepção distorcida, cede lugar à esperança. Uma esperança que move os homens para a transformação.” (1979, p. 51).
A DEB convida a todos os coordenadores, professores e bolsistas de iniciação envolvidos com seus programas a “um esforço apaixonado e corajoso de transformação da realidade” (Freire, 1979, p. 51). E, mesmo que os alunos não sejam foco do SAEB em 2013, mesmo que a área ou disciplina de atuação docente não seja Matemática ou Língua Portuguesa, vamos investir na sua aprendizagem. Afinal, raciocínio lógico, leitura e produção de textos são necessários a TODAS as disciplinas.
Onde houver Parfor, Pibid, Novos Talentos, Prodocência, Observatório da Educação, LIFE, Projetos Especiais e outros programas comprometidos com qualidade e equidade da educação, vamos olhar a realidade da escola pública e dos currículos de formação de professores. A partir desse olhar, convidamos a que desenhem estratégias pedagógicas concretas e competentes, unam esforços e criatividade e trabalhar com os alunos, tendo a verdadeira preocupação não em relação a um número que vai compor um índice, mas no DIREITO DE APRENDER de cada futuro professor, criança e jovem sob nossa responsabilidade.
A equipe DEB está aberta ao diálogo. Um abraço amigo.
Carmen Moreira de Castro Neves, diretora.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Horários Das Aulas



ANA ROSA

ALUNO
14:00 as 15:00
15:00 as 16:00
16:00 as 17:00

TURMA
TURMA
TURMA
segunda
diego
4º Ano
Infantil
5º Ano
terça
fabio
4º Ano
Infantil
5º Ano
quarta
fabiana
2º Ano
Infantil
3º Ano
quinta
eumar
1º Ano
Infantil
2º Ano
sexta
luis
1º Ano
Infantil
3º Ano



GEUZA

ALUNO
14:00 as 15:00
15:00 as 16:00
16:00 as 17:00

TURMA
TURMA
TURMA
segunda
Juh
1º B
pré II A e B
terça
Monikelle
1º A
2º B
quarta
priscila
1º A
Pré I e pré II A
quarta
Fagner
2º A
Pré II B
quinta
Eliz
2º A
1º B
2º B

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Pesquisas sobre Construtivismo Banco de Dados da Capes

  • A PSICOGENÉTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR NO CURSO NORMAL EM NÍVEL MÉDIO - SOLANGE GOMES RANGEL
  • AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA: EFEITOS SIGNIFICANTES -DEUSMAURA VIEIRA LEÃO
  • A CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO NA EPISTEMOLOGIA GENÉTICA: PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO E POSSIBILIDADES NA EDUCAÇÃO - LÀLA CATARINA LENZI NODARI
  • A FORMAÇÃO PEDAGÓGICA NO CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA DA UFSC E A PRÁTICA DOCENTE DOS EGRESSOS DESSE CURSO - Murilo Westpha
  • DIFUSÃO DA PERSPECTIVA CONSTRUTIVISTA NA FaE – UFPel (DÉCADAS 80-90) -VERA LUCÍ ALVES SAVEDRA
  • EDUCAIDADE: PARA ALÉM DA OBJETIVAÇÃO DO EDUCANDO - LUCIANA FERREIRA DA SILVA
  • INSUCESSO DOS ALUNOS EM LEITURA/ESCRITA: As pesquisas de Ferreiro e o  construtivismo piagetiano poderiam ser apontados como causa? - Josana Ferreira Bassi de Moura
  • O ENSINO DO CANTO SEGUNDO UMA ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA:
  • INVESTIGAÇÃO COM PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL - ANA CLAUDIA SPECHT
  • PASSADO PRESENTE: ANARQUISMO E CONSTRUTIVISMO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA - Juliana Guedes dos Santos Marconi
  • O ERRO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SOB A PERSPECTIVA DO CONSTRUTIVISMO SISTÊMICO AUTOPOIÉTICO - JÚLIO CÉSAR DA ROSA MACHADO
  • DESENVOLVIMENTO MORAL E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA EDUCAÇÃO
  • INFANTIL: UM ESTUDO SOCIOCULTURAL CONSTRUTIVISTA - Alia Maria Barrios González Nunes
  • A (in) disciplina em oficina de jogos - Francine Guerra de Luna
  • PREVENÇÃO DE DIFICULDADES NA CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO TOPOLÓGICO POR MEIO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COM ÊNFASE NA ÁREA PSICOMOTORA E TOMADA DE CONSCIÊNCIA COM ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL - LILIAN ALVES PEREIRA
  • A POTENCIALIDADE DE FERRAMENTAS INTERATIVAS DE COMUNICAÇÃO DISPONÍVEIS EM AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM PARA A AVALIAÇÃO FORMATIVA -  JOANA ALVES BRITO DE AZAMBUJA

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013



Contribuições da Psicologia para a proposta Construtivista de ensino-aprendizagem
ContRibutions oF tHe PsyCHology FoR tHe
ConstRuCtivist teaCHing-leaRning PRoPosal
Edson Francisco de Andrade 
1
Resumo
O artigo analisa as concepções particulares, defendidas tanto por profissionais da educação (em suas posições individuais) como por instituições de ensino, no entorno da proposta construtivista de ensino-aprendizagem. Em confronto com as acepções tomadas particularmente sobre o tema, apresenta-se elementos substanciais, retirados do cerne das obras de Lev Vygotsky e Jean Piaget, com o propósito de colocar em evidência o sentido e o significado da relação sujeito/meio ambiente no processo de construção do conhecimento. 
Palavras-chave: Construtivismo; Sócio-Interacionismo; Interdisciplinaridade; Protagonismo discente.
abstRaCt
The article analyzes the particular conceptions, defended in such a way for professionals of the education (in its individual position) as for education institutions, when they are mentioned the teach-learning proposal constructivist. In confrontation with the meanings taken particularly on the subject, one presents substantial elements, removed of essence of the workmanships of Lev Vygotsky and Jean Piaget, with the intention to place in evidence the direction and meaning of the subject relation environment in the process of construction of the knowledge. 
Key words: Constructivist; Partner-Interaction Concepts; Interdisciplinarity; Learning Protagom.
Leia o texto completo:
http://www.revistapsicologia.ufc.br/images/pdf/ano1edicao1/ano01edicao01010.pdf

O QUE PENSAM OS ALFABETIZADORES SOBRE A ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA?
MACHADO,  Laêda Bezerra – UFPE
GT: Psicologia da Educação / n.20
Agência Financiadora:  Não contou com financiamento.
Introdução
O fracasso escolar durante o processo de alfabetização foi sempre um dos maiores problemas educacionais com os quais convivemos. Até a década de oitenta pesquisas e práticas pedagógicas nessa área orientavam-se pela abordagem tradicional, cujo eixo central é a valorização do método. Nessa abordagem, ler e escrever são habilidades mecânicas adquiridas mediante o treino e a decifração de códigos. Para Soares (1985), na abordagem tradicional, alfabetizar-se significa codificar língua oral em língua escrita (escrita) e decodificar língua escrita em língua oral (leitura).  Até o final da década de oitenta a preocupação com o método, a melhor forma de ensinar é tão notória que, segundo Soares (1989), durante quase trinta anos, as pesquisas realizadas em alfabetização no Brasil reduziram-se, quase que exclusivamente, a enfocar o tema método. O “como alfabetizar” era, portanto, a questão principal na produção científica no campo da alfabetização.  
Leia o texto completo
http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt20/t209.pdf  

Resenha Educação de Corpo Inteiro João Batista Freire


RESENHA


EDUCAÇÃO DE CORPO INTEIRO-TEORIA E PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA [FREIRE, João Batista. São Paulo : Scipione,
1989]


Autores: Ranah Manezenco Rodrigues, Fernando Gonzalez, Marcelo Guina Ferreira, Rosicler Goedert e Valter Bracht


O livro em questão se apresenta como uma proposta de "Teoria e Prática da Educação Física" (conforme subtítulo), para crianças da pré-escola à 4* série do lº grau. Resenhando, trataremos, primeiramente, de destacar os pontos que considera­mos relevantes e como o autor os fundamenta.
João Batista Freire inicia seu trabalho, expondo a sua maneira de compreender o que seja uma criança e evidencia sua insatisfação com relação ao sistema escolar, educação institucionalizada, traduzindo-a em duas críticas: 1) a escola submete a criança à uma imobilidade excessiva, que desrespeita sua "marca característica", qual seja, a intensidade da atividade motora; 2) a escola não deve apenas mobilizar a mente, mas também o corpo, pois "corpo e mente devem ser entendidos como componentes que integram um único organismo. Ambos devem ter assento na escola"(p. 13). A partir dessas críticas, o autor coloca sua proposta como Educação de Corpo Inteiro, buscando a superação do dualismo corpo e mente presente na escola.
J. B. Freire, em sua argumentação, destaca que a criança nessa idade, a partir do surgimento da linguagem, já faz uso do símbolo, representações mentais, sendo função da escola promover o fazer juntamente com o compreender. Fundamentendo-se em Piaget, o autor afirma que "a atividade corporal é o elemento de ligação entre as representações mentais e o mundo concreto, real, com o qual se relaciona o sujeito " (p. 81). Nessa perspectiva, o autor coloca que a criança precisa, primeiramente, encontrar na escola um espaço para agir com liberdade, podendo viver concreta-mente e corporalmente todas as relações e interações de seu corpo com outros corpos e objetos no espaço e no tempo. Dessa maneira, J. B. Freire entende que as experiências corporais que a criança necessita vivenciar para compreender o mundo, precisam estar presentes na escola e serem significativas para ela, ou seja, devem ser experiências que façam parte da sua realidade. Para o autor, é possível transformar o mundo da escola de lº grau em "um mundo concreto de coisas que têm significado para a criança"(p. 8l), resgatando a "cultura infantil", brincadeiras e jogos das crianças, e introduzindo esses na escola como conteúdo, com o devido tratamento pedagógico.
Para J. B. Freire, uma vez que o significado das coisas, nessa primeira fase da vida da criança, depende, acima de tudo, da ação corporal, o jogo e a atividade física tornam-se um importante recurso pedagógico para ser utilizado pela escola. É a partir daí que J. B. Freire elege a Educação Física como a disciplina do currículo escolar que tem a responsabilidade de trabalhar pedagogicamente a cultura infantil, aproximando a realidade da escola com a realidade da criança. Segundo o autor, esse fazer pedagógico, que leve em consideração o conhecimento que a criança já possui, garante o seu interesse e a sua motivação para aprender.
Em sua proposta, J. B. Freire deixa explícito que discorda da existência de padrões de movimento, pois essa ideia trabalha com uma concepção isolada do ato motor, enfatizando o desenvolvinmento de habilidades motoras, a partir daquilo que se supõe existir internamente em cada indivíduo. Assim, ele adota , também de Piaget, a concepção de esquema motor, que parte da construção de movimentos, única ao sujeito, sendo determinada tanto por aspectos internos como externos a ele, em cada situação específica a ser experimentada. Para ele, à criança deve ser permitido descobrir sua própria forma de se movimentar, de estar no mundo.
Encontramos ainda, no trabalho de J. B. Freire, outros temas que também são discutidos, inclusive a sugestão de diversas atividades para serem trabalhadas com as crianças, seguidas de uma discussão sobre como elas podem contribuir para o desenvolvimento infantil. Porém, não tivemos a pretensão de abrangê-los todos, dando destaque apenas aos pontos que consideramos fundamentais na elaboração de sua proposta, os quais se encontram principalmente nos dois primeiros capítulos.
Tendo em vista os pontos acima destacados da proposta em questão, inicialmente situamos a crítica que J. B. Freire faz ao sistema educacional. Na perspectiva do autor, o que tem faltado à escola é visão e competência para aproveitar as características das crianças, dando-lhes melhores condições de aprendizagem. Tal crítica nos parece, no míni­mo ingénua, uma vez que até mesmo o autor reconhece "as péssimas condições em que uivem nossos irmãos brasileiros...miséria é o que não falta" (p. 18). Sem as condições essenciais de sobrevivência não temos as pré-condições para a aprendizagem de qualquer conteúdo. Ainda que ciente dessa situação, não identificamos, ao longo do trabalho do autor, a preocupação em abordar a relação escola/sociedade.
A "escola", a qual o autor se refere, aparece isolada do seu contexto social e de seus componentes políticos, sendo que as críticas dirigidas ao sistema educacional não contemplam esses aspectos. Quanto à sociedade, o autor se iimita a citá-la como "sociedade burocrática". Ao designá-la dessa forma "...os existentes defeitos da vida política e social são separados de qualquer conexão com o presente modo de organização económica (o capitalismo) e vinculados tão somente à uma suposta tendência estatizante e burocratizante em seu modo de organização política" (Silva, prelo). Consideran­do que o autor se propõe a elaborar uma proposta pedagógica, esta não poderia aparecer desvinculada de um projeto de sociedade, concebido o ato pedagógico enquanto ato político.
J. B. Freire, da mesma forma que não discute os fatores bistórico-políticos na relação escola/sociedade, ao tratar do desenvolvimento infantil, tendo como referencial Piaget, limita-se a considerar a importância desses aspectos, que condicionam esse processo, sem contudo abordá-los de forma consistente. Novamente, em se tratando de uma proposta pedagógica, "não é suficiente afirmar, a título de defesa - de forma simplista - que...leva em conta os fatores sociais. De qualquer forma, está-se falando, neste caso, dos determinantes sociais do comportamento individual. O que importa, ao contrário, é destacar a existência de um aparato social e político como é a educação institucionalizada e as implicações disso" (Silva, 1993). Dentro dessa perspectiva, não só a escola, mas também a criança, estão sujeitas aos aspectos económicos, políticos e de ordem histórica, os quais lhe são determinantes.
Não obstante, consideramos pertinente a preocupação de J. B. Freire com a educação nas séries iniciais do lº Grau e as perspectivas de um trabalho com a educação física. Como também é relevante a sua observação quanto à distância que existe entre a realidade da criança e a realidade da escola, a qual, em sua maioria, não tem considerado o conhecimento que a criança já possui quando da elaboração do seu projeto educacional. Com esse diagnóstico, o autor afirma que é possível aproximar esses dois contextos, fazendo com que a aprendizagem da criança seja significativa. A solução apresentada por ele, em síntese, é a introdução da "cultura infantil", de jogos e brincadeiras, que "...têm exercido ao longo da história importante papel no desenvolvimento da criança" (p. 24).
Compartilhamos com J. B. Freire a ideia de que o conhecimento que a criança dispõe, em termos de experiências corporais, não pode ser desprezado pela escola. Entretanto, quando o autor remete à educação física, enquanto disciplina, a responsabilidade de trabalhar pedagogicamente esse conteúdo, a fim de realizar a aproximação do mundo da escola com o mundo da criança, entendemos que é preciso considerar alguns pontos.
Em princípio, no que diz respeito ao período escolar em questão, não cabe apenas à educação tísica promover essa necessária aproximação, sendo que essa tarefa diz respeito a todas as áreas do conhecimento que serão trabalhadas na escola. Com relação a se considerar como conteúdo da disciplina educação física a cultura infantil, trata-se de uma afirmação muito genérica, faltando o autor explicitar o quê da cultura infantil é específico da educação física. Além disso, é nosso entendimento que à educação institucionalizada, à escola, cabe transmitir um saber elaborado, um conteúdo sistematizado, o qual a criança não poderá ter acesso fora dela. Isso se dá no âmbito de todas as disciplinas, logo, será que a educação física, enquanto componente do currículo, não detém um saber específico, além daquele que a criança já possui, para transmitir na escola? Se à educação física compete trabalhar exclusivamente um conhecimento já assimilado pela criança, sua presença na instituição escola não se justifica.
Efetivamente, não dispomos de uma discussão acumulada sobre propostas curriculares elaboradas para esse período da escolarização que estabeleçam uma relação específica com a educação física. Assim sendo, de nossa parte não há clareza
quanto à necessidade e às possibilidades de se incluir a educação física enquanto disciplina componente desses currículos. Como também entendemos que, nesse trabalho, mesmo considerando o empenho de J. B. Freire, essa lacuna permanece.
J. B. Freire busca o suporte teórico necessário para sua proposta em Piaget, que, sem dúvida, apresenta muitas contribuições no que diz respeito ao desenvolvimento infantil, principalmente do ponto de vista da cognição. Mas, vale destacar que, ao introduzir os conhecimentos dessa teoria e procurar estabelecer relações com uma proposta para a educação física, o autor deveria ter claro que seria preciso enfrentar uma questão fundamental: o fato de que Piaget ao considerar a relevância das ações corporais, o faz enquanto estas influenciam no desenvolvimento cognitivo. Nesse sentido, perguntamos: em atrelando-se à essa teoria como fundamento, não se estabelecem restrições para a elaboração de uma proposta pedagógica para a educação física?
Sobre essa questão, temos clareza que teorias do desenvolvimento, além de se aplicarem a todas as áreas do conhecimento, não contém todos os elementos necessários que compõem uma proposta pedagógica e, por si só, não servem para justificar a presença dessa ou daquela disciplina, desse ou daquele conteúdo na escola. A mesma lógica se aplica à educação física, pois permitir que a criança tenha um bom desenvolvimento cognitivo, não é suficiente para determinar que ela é necessária na escola. Ou será essa então a função da educação física escolar? Não existem outras possibilidades para o movimento?
Torna-se importante, também, explicitar a ambiguidade que se observa no trabalho de J. B. Freire quanto ao termo Educação Física, que ora se apresenta como uma pedagogia do movimento e ora como uma disciplina. Do que decorre outra indefinição, esta de maneira mais ampla, no que se refere à "proposta". Isso porque, no decorrer do livro, não é possível identificar, claramente, se o que o autor apresenta é uma pedagogia do movimento para a escola como um todo, ou se o que ele reivindica é um espaço pedagógico específico para a educação física.
J, B. Freire, sugere uma pedagogia do movimento para a primeira infância e outra para a segunda infância, a partir das diferenças que a criança apresenta nesses dois momentos. Na primeira infância, a criança se ocupa em formar estruturas motoras, afetivas, sociais e cognitivas que lhe permitem o fazer e o compreender. Já na segunda infância, a criança deixa de ser o centro de tudo e pode se ajustar melhor à realidade exterior, passando da fantasia para uma interação com o mundo, através de representações simbólicas, mais próximas da realidade. Embora destacada essa diferença fundamental a ser considerada no trabalho com a criança, o autor não se manifesta acerca de como o movimento deve ser trabalhado no decorrer das outras séries do lº Grau, e se isso deve se dar no âmbito da disciplina educação física. Em consequência disso, não se pode vislumbrar a perspectiva de uma continuidade no currículo, a partir do que ele propõe como conteúdo a ser desenvolvido.
Atentamos ainda para o fato de que J. B. Freire rompe com a ideia de padrões de movimento, optando pela concepção de esquemas motores. Percebemos possibilidades de se avançar, a partir dessa postura, contudo o autor não se aprofunda nessa discussão.
Finalizando, gostaríamos de salientar que na proposta de J. B. Freire algumas decorrências do trabalho a ser realizado com as crianças, no que se refere à sua inserção e intervenção na sociedade, entendida a educação física enquanto prática social, fica a cargo do espontaneísmo, como por exemplo, quando o autor afirma que, desde que a educação motora da criança seja eficiente, ela terá "a capacidade de agir na prática, transformando a realidade" (p. 40). Estando em questão a elaboração de uma proposta pedagógica para a educação física escolar, não podemos concebê-la sem uma perspectiva política claramente definida, esperando que tal definição se dará espontaneamente. Uma postura assim revela-se ingénua, desprovida de um conhecimento mais aprofundado da dimensão política do fazer pedagógico ou, o que é mais frequente, define-se politicamente conservadora.


BIBLIOGRAFIA


SILVA, T. T. da. A "Nova" Direita e as Transformações na Pedagogia da Política e na Política da Pedagogia. In: GENTILLI, P. A. A. e SILVA, T. T. da (Orgs.). Neoliberalismo, Qualidade Total e Educação: visões críticas. São Paulo, Vozes (Prelo).
____________. Desconstruindo o Construtivismo Pedagógico. Revista Educação e Realidade, Porto Alegre, 18 (2 ):3-10. jul/dez. 1993.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ata 1ª reunião PIBID 2013



No dia 16 de Janeiro de 2013 no Campus da Universidade de Rio Verde Campus Caiapônia aconteceu a 1º reunião do PIBID FESURV/Caiapônia do Semestre de 2013, estiveram presentes o Professor coordenador de área Mauro Felício Barbosa Mulati, as supervisoras Adelita Fernandes Moraes Duarte e Sueli Aparecida da Silva Castro e os acadêmicos bolsistas: Dyego Zilmar Silva Santos, Eumar Dias Junior, Fabio Arantes Faria, Juliana de Oliveira Moraes, Luís Carlos Helrigle, Monikelle Ferreira Silva, e Priscila Mota Cardoso.  As discussões foram sobre o planejamento deste ano, a proposta é trabalhar quatro eixos temáticos: Cultura corporal, Atividades rítmicas e expressão corporal, Saúde corporal, Conhecimento do corpo e suas possibilidades motoras. Fundamentado do livro Educação Física no Ensino Fundamental primeiro ciclo da autora Marcia Regina Grespan (2002). Em primeiro plano discutimos sobre a motricidade com os alunos, e até mesmo com as professoras das escolas pra que elas conheçam sobre o conteúdo e passe-o para seus alunos. Ficou marcada uma Palestra para dia 23 de Janeiro de 2002 com as escolas no auditório da Secretaria de Educação do Município. O tema da Palestra será o PIBID e sua Atuação no semestre passado e a atuação no semestre que se inicia.  Outro assunto foi quanto a fundamentação teórica do Construtivismo, foi disponibilizado um texto e no Blog vídeo com a fala do professor  João Batista Freire, que dentro da Educação Física atua na tendência construtivista. Também foi proposta a divisão do livro de LE BOULCH Educação Psicomotora a psicocinética na idade escolar, cada pibidiano ficar com uma parte estudar e trazer o conhecimento do capitulo para as reuniões. Ficamos de elaborar pesquisa e aprender o que é pesquisa ação? Neste semestre faremos pesquisas sobre o construtivismo, a Psicomotricidade e a Interdisciplinaridade. Todos deverão Participar do III Encontro do PIBID que acontecerá em Dezembro em Uberaba na UFTM com Relato de Experiência.
Há também há ideia de fazer uma reunião nas escolas e falar há todos sobre o que é o PIBID? Qual a importância? Ficou acertado que todos irão ler o anexo de João Batista Freire Oficinas do jogo: ensino, pesquisa e extensão, que esta no blog. Efiocu assim a divisão do livro de LE BOUCH Educação Psicomotora a psicocinética na idade escolar a divisão ficou por capitulo da seguinte maneira capitulo 3- Aplicação da Psicocinética na Escola Primáriaà Monikelle, capitulo 5- As Bases Psicomotoras da Aprendizagem da Leitura e da Escrita à Adelita, capitulo 6- Os Problemas Perceptivos e Espaços-Temporais Colocados Pelo Aprendizado da leitura e da Escrita àFabio, capitulo 7-Percepção Temporal em Sala de AulaàPriscila, capitulo 8 e 9- Programa Geral de Trabalhoà Mauro, capitulo 10- Coordenação Óculo-Manualà Eumar, capitulo 11- Ajustamento Postural e Equilibraçãoà Juliana, capitulo 12- Coordenação Dinâmica Geral e Aprendizagem Motoraà Fagner, capitulo 13- Percepção do Corpo Próprio e Estrururação do Esquema Corporalà Luiz, capitulo 14- Percepção do Espaço e Estruturação Espaço-Temporalà Sueli, capitulo 18- A Escolha dos “Jogos com Regras”à Fabiana, capitulo 19- A educação Psicomotora Indutiva a Partir dos Jogos com Regrasà Eliz, capitulo 20- Aspectos Geraisà Dyego. Sem mais no momento, por ser verdade datamos e assinamos.

OFICINAS DO JOGO: ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

João Batista Freire

RESUMO

Neste artigo relatamos, de maneira suscinta, cinco  anos de trabalhos realizados pelo Grupo de Estudos Oficinas do Jogo, um grupo independente de produção pedagógica, sediado em Florianópolis, Santa Catarina. O grupo Oficinas do Jogo integra professores da rede de ensino de várias cidades, interessados em refletir sobre suas próprias experiências pedagógicas, em estudar teorias alimentadoras de produções pedagógicas, e em construir elementos formadores de uma pedagogia lúdica que ensine, nas escolas, especificamente, a cultura da Educação Física, e, além dela, conhecimentos que transcendam essa disciplina e repercutam nas demais disciplinas escolares e em outras situações de vida. Uma maneira de aprofundar nossos estudos é a pesquisa científica, feita sempre qualitativamente e em forma de pesquisa-ação, o que possibilita a nossos professores, tornando-se pesquisadores, pesquisarem suas próprias ações de ensinar. 

Palavras chave: Educação Física, Oficinas do Jogo,  Pedagogia, Pedagogia Lúdica


Clique no link abaixo para visualizar o trabalho completo
http://www.pibidfesurv.xpg.com.br/joaobatistafreire.pdf

Estudo sobre construtivismo - Entrevista com João Batista Freire