“A mudança não é trabalho exclusivo de alguns homens, mas dos homens que a escolhem.”(Freire, 1979, p. 52)
Caros coordenadores, professores e bolsistas envolvidos com o Parfor,
Pibid, Prodocência, Novos Talentos, LIFE, Obeduc e Projetos Especiais.
Este é um ano particularmente desafiador para todos nós, educadores. Entre
outubro e novembro acontecerão as provas do SAEB – Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica. As provas, de Português e Matemática, serão
aplicadas a todos os alunos do 5º e 9º do Ensino Fundamental e aos do 3º ano do
Ensino Médio. As pontuações do SAEB compõem o IDEB – Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica. (Conheça as matrizes curriculares do SAEB veja: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/saeb_matriz2.pdf )
O domínio da língua materna e da Matemática é a base para a compreensão
das outras disciplinas, é necessário ao sucesso escolar, à vida profissional e
à inserção plena, criativa e crítica na sociedade tecnologicamente avançada em
que vivemos. Por isso, as duas disciplinas são avaliadas não só no SAEB, mas no
PISA - Programme for International Student Assessment, (Para conhecer mais
sobre o PISA, veja: http://portal.inep.gov.br/grupo-ibero-americano-do-pisa ).
As avaliações do PISA acontecem a cada três anos, para jovens de 15
anos, e abrangem três áreas do conhecimento: Leitura, Matemática e Ciências. A
cada edição do programa, há uma ênfase maior em cada uma dessas áreas. Em 2009
iniciou-se um novo ciclo e a ênfase recaiu sobre o domínio de Leitura; em 2012
a ênfase foi Matemática e em 2015, será em Ciências. (O INEP estuda incluir
Ciências também no SAEB.)
Todos nós conhecemos os indicadores incrivelmente frágeis do IDEB. Mas
ainda poucos conhecem experiências exitosas de Minas Gerais e de Sobral, no
Ceará, que conseguiram, com determinação política, competência técnica e
compromisso educacional, reverter indicadores, ultrapassando inclusive metas
previstas para 2022. Várias escolas isoladamente, com a determinação cidadã e força
pedagógica de seus diretores e professores, também alcançaram resultados
equivalentes.
A ação dos gestores, dos professores e do corpo técnico-administrativo
dessas escolas e redes lembra bem o que disse Paulo Freire em seu livro
Educação e Mudança: “O fatalismo diante
da realidade, característico da percepção distorcida, cede lugar à esperança.
Uma esperança que move os homens para a transformação.” (1979, p. 51).
A DEB convida a todos os coordenadores, professores e bolsistas de
iniciação envolvidos com seus programas a “um
esforço apaixonado e corajoso de transformação da realidade” (Freire, 1979,
p. 51). E, mesmo que os alunos não sejam foco do SAEB em 2013, mesmo que a área
ou disciplina de atuação docente não seja Matemática ou Língua Portuguesa,
vamos investir na sua aprendizagem. Afinal, raciocínio lógico, leitura e produção
de textos são necessários a TODAS as disciplinas.
Onde houver Parfor, Pibid, Novos Talentos, Prodocência, Observatório da
Educação, LIFE, Projetos Especiais e outros programas comprometidos com qualidade e equidade da educação, vamos
olhar a realidade da escola pública e dos currículos de formação de professores.
A partir desse olhar, convidamos a que desenhem estratégias pedagógicas
concretas e competentes, unam esforços e criatividade e trabalhar com os
alunos, tendo a verdadeira preocupação não em relação a um número que vai compor
um índice, mas no DIREITO DE APRENDER
de cada futuro professor, criança e jovem sob nossa responsabilidade.
A equipe DEB está aberta ao diálogo. Um abraço amigo.
Carmen Moreira de Castro Neves, diretora.
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